Chuva no Rio Grande do Sul afeta safra de arroz e deve elevar preço nos supermercados

As chuvas intensas no Estado do Rio Grande do Sul e que sobretudo causaram enchentes com vítimas em diferentes cidades do Estado, traz outro problema para o Brasil em relação à safra do arroz.

O Estado é o principal produtor de arroz do país e com os índices elevados de chuva, tem enfrentado prejuízos e dificuldade na colheita do cereal.

Conforme informado pelos ministros do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, bem como o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, a colheita da safra de arroz já estava atrasada em relação a anos anteriores e por ora com a situação de enchentes no Estado, a colheira pode atrasar ainda mais, bem como ser totalmente perdida.

Colheita da safra de arroz

Um breve levantamento da Cogo Inteligência de Mercado, cerca de 78% da área de safra de arroz 2023/2024, o que equivale a uma área de 709 mil hectares, de um total de 900,2 mil hectares cultivados, foram colhidas. Os 22% restantes representam cerca de 200 mil hectares e 1,6 milhão de toneladas e ainda não foram colhidos.

Já o Instituto Rio Grandense de Arroz destacou que 82,9% das lavouras realizaram colheitas, restando colher apenas 150 mil hectares. A região central do Estado é a que apresenta o menor percentual de área colhida, com 62%, restando cerca de 45 mil hectares. Essa é a região mais afetada com as enchentes.

Ainda conforme o Instituto, o difícil acesso a grande parte das áreas afetadas e a falta de previsão do retorno da normalidade dos níveis de água, não é possível informar as perdas que ocorrerão nas lavouras de arroz irrigado do Rio Grande do Sul. Em suma, com a situação o Governo Federal estima ter que importar mais de uma 1 tonelada e meia de arroz, para manter o bastecimento em supermercados, mas o preço deve subir.