Acusado de estuprar jovem em São Roque, Lucas di Mario está trabalhando para eleger candidato a prefeito em Mairinque, acusado de abusar de filho

Coluna O Informante, por Igor Juan: Em meio a disputa das eleições municipais 2024 em Mairinque, a presença de uma pessoa em um comício do candidato Eduardo Thomaz, no último domingo (22), tem gerado comentários diversos na cidade e até mesmo de quem faz parte do grupo de trabalho do próprio candidato.

Lucas Di Mario, figura conhecida da “Alta sociedade”, na microrregião de São Roque, está trabalhando com o candidato a prefeito, especificamente no setor de comunicação. A presença de Lucas, entretanto gerou comentários porque Lucas é acusado de estuprar um jovem de 16 anos no estacionamento da balada Pepper em São Roque. O caso foi destacado exclusivamente pelo Correio do Interior em agosto de 2023, deste período para cá, muita gente tem visto Lucas como persona non grata, ou seja, que não é bem-vindo ou que se deve ter certas restrições.

O que mais chama atenção é que Eduardo Thomaz também foi acusado pela ex-mulher, de ter abusado sexualmente do próprio filho menor de idade em 2018. A época, Eduardo ameaçou matar o próprio filho, caso ele fosse ”Viadinho”, conforme consta em um longo documento judicial obtido pelo Correio do Interior. Neste mesmo período a Justiça ainda concedeu uma medida protetiva em favor da ex-mulher de Eduardo Thomaz diante aos fatos e por violência domestica, com base ena lei maria da penha.

A presença de Lucas apenas revela situações de extrema dúvida quanto ao candidato que ironicamente em seus discursos diz que é um homem de família e boa índole, sem qualquer problema com a justiça, enquanto Lucas di Mario trabalha de modo presado para eleger um neonazista, conforme relatos da ex-mulher de Eduardo no mesmo documento obtido pelo Correio do Interior, em que ela diz que Eduardo integrava um grupo neozacista.

União de Lucas di Mario e Edurdo Thomaz…

A questão de Eduardo ser neozacista entra em conflito a opção sexual de Lucas que é homonexual, em outras palavras, gay. Para quem não sabe, os neonazistas frequentemente perseguem pessoas LGBTQIA+, incluindo gays. A ideologia neonazista, derivada do nazismo original, defende uma visão rígida de moralidade e pureza racial que também inclui normas conservadoras de gênero e sexualidade. Eles acreditam em uma “ordem natural” tradicional que marginaliza ou condena qualquer forma de identidade sexual, ou de gênero que não se encaixe no modelo heterossexual e cis gênero.

Assim como os nazistas durante o regime de Adolf Hitler, que perseguiam e aprisionavam homossexuais em campos de concentração, os neonazistas contemporâneos muitas vezes veem as pessoas LGBTQIA+ como uma ameaça à sua visão de mundo. Essa intolerância se manifesta em discursos de ódio, ataques violentos e tentativas de deslegitimar ou destruir movimentos e direitos LGBTQIA+.

Portanto, a perseguição aos gays e outras minorias sexuais são uma característica comum em grupos neonazistas, ao lado de outros alvos de ódio como judeus, negros, imigrantes e outras minorias.

Em suma, a união de Lucas di Mario, que teve seu caso minimizado pela Delegacia de Polícia Civil de São Roque e não teve uma resposta pública como se esperava, com Eduardo Thomas releva uma contradição de ambos os lados… Lucas acusado de estupro se diz vítima do jovem de 16 anos, que a época chegou a procurar o Jornal para relatar como foi o abuso, e dias depois informou o jornal que havia feito se entendido com Lucas, e, por outro lado, Eduardo Thomaz que coloca em uma situação apertada e sem argumentos em meio aos fatos e provas…

E enfim… sobre o caso Lucas Di Mario, no qual se passou pouco mais de um ano do ocorrido e a delegacia de São Roque, não se prestou a dar um posicionamento sobre, sendo de interesse coletivo o caso, fez com que o Jornal solicitasse uma apuração maior e com resposta pública, diretamente a Delegacia Seccional de Sorocaba, no qual ainda aguada resposta.