Um dos assuntos mais comentados nos últimos dias foi sobre o documento em que Pablo Marçal, candidato a prefeito de São Paulo, nas eleições municipais de 2024, foi sobre o documento exibido por Pablo durante campanha, em que mostra que o seu adversário, Guilherme Boulos (PSOL), já foi internado por uso de cocaína.
Ocorreu que o caso se tornou assunto de polícia, e logo descobriu-se o documento é falso, e que a princípio foi falsificado por um amigo de Pablo Marçal, o biomédico, Luiz Teixeira da Silva Junior.
Em São Roque, Luiz Teixeira Junior, já foi administrador da FENAESC, uma organização que administrava a Santa Casa de São Roque, organização essa que já desviou mais de R$ 20 milhões da saúde pública por onde a organização passou, sendo Cajamar, Barueri e São Roque.
1. Histórico de Luiz Teixeira da Silva Junior
- Luiz Teixeira da Silva Junior é proprietário da clínica Mais Consultas e esteve envolvido em um escândalo recente, no qual foi responsável pela emissão de um laudo médico falso utilizado por Pablo Marçal (PRTB) para acusar Guilherme Boulos (PSOL) de uso de cocaína.
- Além desse episódio, ele possui um histórico criminal extenso, marcado por casos de corrupção e fraudes.
2. Condenação por Falsificação
- Em 2019, Luiz Teixeira foi condenado a dois anos e quatro meses de prisão por falsificar documentos importantes.
- Os documentos falsificados incluíam um diploma de medicina e uma ata de colação de grau, os quais ele usou para obter registro profissional de médico no Rio Grande do Sul, de maneira fraudulenta.
3. Operação Pégaso e Prisão
- Luiz Teixeira e sua esposa, Liliane Bernardo Rios da Silva, foram presos na operação Pégaso, uma investigação da Polícia Civil de São Paulo.
- A operação investigava um esquema de desvio de verbas públicas na área da saúde. O casal foi preso em um hotel de luxo em São José dos Campos.
- Eles foram acusados de desviar mais de R$ 20 milhões em contratos de saúde pública em várias cidades de São Paulo, incluindo Cajamar, São Roque e Barueri.
4. Esquema de Desvio de Verbas
- As investigações revelaram que Luiz Teixeira e sua esposa operavam o esquema de corrupção através de uma ONG chamada Federação Nacional das Entidades Sociais e Comunitárias (Fenaesc).
- A ONG utilizava empregados como “laranjas” para ocultar os crimes financeiros.
- Com o dinheiro desviado, o casal adquiriu o plano de saúde Medical Rio, que era utilizado para emitir notas fiscais falsas. Essas notas eram utilizadas para favorecer uma empresa de fachada chamada Pratice Administradora de Cartões LTDA, localizada em Mairiporã, São Paulo.
5. Narrativa de Sucesso e Falsificação Acadêmica
- Apesar de seu envolvimento em fraudes, Luiz Teixeira tenta manter uma imagem pública positiva em seu site oficial.
- No site, ele se apresenta como “um dos mais respeitados patologistas do país” e como proprietário de várias empresas, incluindo a Clínica Gianoto.
- No entanto, essa narrativa de sucesso é construída sobre mentiras, já que o diploma de medicina que ele alega ter da Universidade de São Paulo (USP) foi comprovadamente falsificado.
- Além disso, o Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso), em Teresópolis, confirmou que Luiz Teixeira nunca foi aluno da instituição, desmentindo outra de suas afirmações.
6. Retratação na Mídia e Alegações Suspeitas
- Mesmo com esse histórico, Luiz Teixeira tem sido retratado na mídia como um exemplo de superação e perseverança.
- Em entrevistas replicadas por veículos como o portal R7 da Record, ele é apresentado como alguém que começou sua vida profissional como office boy aos 14 anos e que agora é “captador de órgãos no Hospital Albert Einstein” e “adido diplomático da saúde”.
- Além disso, a reportagem afirma que ele teria recebido a medalha MMDC da Polícia Militar de São Paulo, mas muitas dessas alegações carecem de comprovação.
7. Outros Negócios e Conexões
- Além das fraudes na área da saúde, Luiz Teixeira também possui negócios no setor imobiliário e de construção civil.
- Ele mantém a Clínica Gianoto, localizada em Barueri, São Paulo.
- Há relatos de que ele já teria atendido figuras públicas como Gugu Liberato e Patrícia Abravanel.
- Seu nome também aparece em projetos de pesquisa na área de transplantes, embora essas afirmações não tenham validação acadêmica ou científica.
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