A Polícia Civil de São Paulo está apurando as circunstâncias que envolveram a morte de João Lucas Lima da Silva, de três anos, após seu atendimento no Pronto Atendimento Municipal de Araçariguama. A criança, internada na segunda-feira (16) com sintomas graves, faleceu na terça-feira (17). Segundo a família, a causa do óbito foi pneumonia.
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Acusações e Investigações
Os familiares alegam que o hospital realizou a intubação de João Lucas sem autorização e o transferiu ao Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS) sem oxigênio suficiente para garantir sua sobrevivência. Ainda segundo a família, o hospital também falhou ao informar adequadamente sobre a gravidade do estado da criança.
O Pronto Atendimento nega as acusações e afirma que seguiu todos os protocolos necessários. A procuradoria do hospital registrou um boletim de ocorrência contra a família de João, acusando-a de negligência. Ambas as versões estão sendo investigadas pela polícia.
Relatos da Família
Segundo José Lima, pai de João, os primeiros sintomas apareceram no domingo (15), sendo diagnosticados como uma gripe forte. Ao chegarem ao hospital, foi constatada pneumonia, e a necessidade de oxigênio foi indicada.
“Quando chegamos ao PA, nos informaram que era pneumonia e que ele precisava de oxigênio. Mas não queríamos que ele fosse tratado lá. Ele estava melhorando, conversando e se alimentando. Não autorizamos a intubação”, relatou José.
Durante a transferência para Sorocaba, José acompanhou na ambulância, mas percebeu que algo estava errado ao chegarem: “Vi que ele estava roxinho. Sabia que meu filho estava morto”, lamentou.
Ao chegarem ao CHS, a família recebeu a notícia do falecimento de João. Segundo José, o hospital de Sorocaba não havia sido informado de que um paciente intubado e em estado crítico estava a caminho, o que gerou atraso no atendimento.
Nota do CHS e Sepultamento
A Secretaria de Saúde do Estado afirmou que João chegou em estado grave ao CHS, onde foram realizados todos os procedimentos necessários, mas ele não resistiu.
O sepultamento de João ocorreu na quarta-feira (18), no Cemitério Municipal de Araçariguama. Durante a despedida, José compartilhou um momento emocionante: “Ele pediu colo e disse ‘eu tô bem, Deus cuida’.”
Defesa do Pronto Atendimento Municipal
O Instituto de Gestão Administração e Treinamento em Saúde (Igats), responsável pela gestão do PA de Araçariguama, publicou nota refutando as acusações de negligência. “Esclarecemos que todas as medidas administrativas e judiciais necessárias estão sendo tomadas para garantir a veracidade dos fatos e a transparência das ações.”
O hospital também informou que a recusa inicial dos pais em autorizar a intubação e a evasão da unidade foram registradas em boletim de ocorrência. O Conselho Tutelar foi acionado para acompanhar o caso.
Em nota, a prefeitura de Araçariguama reafirmou seu compromisso com a transparência, respeitando o Código de Ética Médica e as legislações vigentes que asseguram o sigilo de informações clínicas.
“Estamos empenhados em esclarecer os fatos e assegurar que todas as condutas médicas adotadas sigam os princípios éticos e técnicos da medicina”, concluiu a nota.
O caso continua sob investigação, buscando esclarecer as responsabilidades e garantir justiça à família de João Lucas.
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Jornalista com mais de 9 anos de experiência, estudou na faculdade ESACM, e trabalho no Jornal impressos O Democrata, com circulação na região de São Roque, interior de São Paulo, bem como trabalhou na televisão na REDETV em Osasco, sendo produtor do RedeTV News, trabalhou por um período no São Roque Notícias em 2011, e fundou o popular jornal Correio do Interior em 2016. Em 2020 tornou-se correspondente do Metrópoles no interior de São Paulo. Ainda em 2020 foi convidado pelo Google Brasil a participar do Google News Initiative (GNI) para aprimorar-se em boas práticas do jornalismo digital. Como jornalista é especialista em assuntos de vagas de trabalho, noticias locais e conteúdos de editoria regional e policial.