CBA vende unidade de Niquelândia para Wave Nickel Brasil

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A CBA (CBAV3) – Companhia Brasileira de Alumínio vandeu sua unidade Niquelândia, localizada em Goiás (GO). No dia 5 de junho o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) aprovou, sem restrições, a venda da unidade.

A CBA que é uma das maiores produtoras de alumínio do Brasil, tendo uma grande unidade de estração de balxita na cidade de Alumínio, interior de São Paulo, vendeu a unidade para Wave Nickel Brasil, controlada do grupo global de tecnologia New Wave. O valor de venda foi de R$ 20 milhões.

Brevemente a CBA informou a coluna “O Informante” que a venda de Niquelândia para a Wave Nickel Brasil está alinhada à estratégia da CBA de manter o foco no core business do negócio de alumínio.

“A conclusão da transação segue condicionada ao cumprimento de obrigações e condições precedentes de outros órgãos, como a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL)”, destacou.

Vale lembrar que a Niquelândia começou a operar em 1981 e suas operações foram suspensas em 2016, devido às condições de mercado.

O ativo possui 55 milhões de toneladas de recursos de níquel (0,94% Ni e 0,12% Co) e tem capacidade de produzir cerca de 20 mil toneladas de níquel contido em carbonato, através do método Caron.

Lucro da CBA no 1T23

No primeiro trimestre (1T23) de 2023 a CBA informou publicamente que teve um lucro líquido de R$ 89 milhões. Sobretudo teve uma queda de 79% em comparação com o 1T22.

A administração informou, no balanço corporativo, que a perda de lucratividade se deve principalmente pela queda da receita líquida em contrapartida ao aumento do Custo dos Produtos Vendidos (CPV) nos períodos comparados, além da variação em outros resultados operacionais.

Também disse que no 1T23 o CPV consolidado da CBA teve aumento de 7% e 0,1% comparado ao 1T22 e ao 4T22, respectivamente, em função principalmente do aumento do CPV de energia, em razão do maior volume de energia comercializado nos períodos comparados, mesmo com o impacto positivo de R$ 31 milhões referente à assinatura de contratos de swap de energia.

E acrescentou que o CPV do negócio de alumínio teve aumento de 3% em relação ao 1T22, dado o aumento sequencial do custo de produção nos últimos 12 meses, refletindo a inflação de alguns dos principais insumos para a produção de alumínio, considerando que há um lag entre o custo de produção e o CPV, em função do giro de estoque.

Balanço

Por fim, o relatório aponta, ainda, que o lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização ajustado totalizou R$ 84 milhões no período. Em suma, uma queda de 85% em relação ao 1T22, e a margem Ebitda ajustada atingiu 4% entre janeiro e março deste ano, retração de 20 pontos percentuais (p.p.) frente a margem registrada em 1T22.