Um dos maiores sambistas da atualidade que fez grande sucesso e fama na década de 90, o cantor Leandro Lehart tem visto sua vida virar do avesso aos 52 anos, após receber a notificação da justiça sobre sua condenação em segunda estância, após ter estuprado uma fã.
O caso envolvendo o sambista ocorreu em 2019 após o termino de um show. Leandro Lehart, também conhecido por integrar o grupo de pagode Art Popular – usou as redes sociais na noite de quarta-feira (18) para se pronunciar sobre a condenação em segunda estância.
Apesar da derrota no recurso em 2ª Instância, o cantor Leandro Lehart sinalizou que pretende recorrer da decisão dos desembargadores, baseando-se no voto do relator do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que o havia absolvido do crime cometido em 2019.
A defesa do cantor contestou a condenação de 1ª Instância, e o recurso foi analisado em 11 de setembro pela 13ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP. Embora o relator tenha acatado os argumentos da defesa, os outros desembargadores discordaram e mantiveram a pena inicial de nove anos, sete meses e seis dias de prisão em regime fechado, pelas acusações de estupro e cárcere privado.
Lehart ainda não teve sua prisão decretada, mas poderá ser preso quando o caso chegar a trânsito em julgado, ou seja, quando não houver mais possibilidades de recurso.
“Hoje quero me pronunciar sobre o processo que venho enfrentando há algum tempo. Tive uma vitória importante no julgamento recente, com o juiz-relator, que analisou o caso de forma detalhada, me inocentando das acusações infundadas. Foi um voto corajoso e simbólico”, declarou o cantor.
Leandro Lehart foi acusado de estupro por Rita de Cássia Corrêa em um crime ocorrido em 2019. Ele reafirmou sua confiança na Justiça e na restauração da verdade iniciada pelo voto do relator. “Agora é seguir lutando pelo que acredito, sabendo que cada dia é um passo rumo à reconstrução. Continuo com minha essência intacta, interagindo e me emocionando com meu povo. Essa experiência me tornou uma pessoa melhor”, completou.
O cantor também mencionou que, em certos momentos, “não deu a devida importância” ao processo, acreditando que poderia provar sua inocência, e agora pretende focar mais no caso.
“Quero agradecer aos meus advogados por seu trabalho incansável. Confesso que, em alguns momentos, não dei a importância necessária, o que poderia ter revelado minha inocência. Sofri muito, mas aprendi. Agradeço o apoio de todos, cada abraço, cada carinho. Vocês têm todo o meu amor”, declarou.
Confira outras notícias:
As acusações contra Leandro Lehart
Leandro Lehart, cujo nome verdadeiro é Paulo Leandro Fernandes Soares, foi condenado em 1ª Instância em setembro de 2022. Ele recorreu da sentença da 17ª Vara Criminal de São Paulo, mas os desembargadores negaram o recurso em setembro de 2024.
No acórdão do julgamento, ficou registrado que “em nenhum momento o réu afirmou algo como: ‘achei que você estava gostando’ ou ‘entendi que você queria’. Pelo contrário, ele deixa claro que agiu contra a vontade dela. Também não sustenta o argumento de que teria dito o que ela queria ouvir para evitar o suicídio. Nos diálogos, ele fala de confissão, autocrítica, assumir o erro, pedir perdão, ter vergonha do que fez e assumir a responsabilidade.”
Uma psiquiatra que atendeu a vítima diagnosticou-a com estresse pós-traumático. O caso foi amplamente divulgado pelo g1 e pelo programa Fantástico, da TV Globo. A vítima relatou que teve relações sexuais com Lehart, e que ele a forçou a passar por uma situação degradante.
Você também pode gostar de:
Jornalista com mais de 9 anos de experiência, estudou na faculdade ESACM, e trabalho no Jornal impressos O Democrata, com circulação na região de São Roque, interior de São Paulo, bem como trabalhou na televisão na REDETV em Osasco, sendo produtor do RedeTV News, trabalhou por um período no São Roque Notícias em 2011, e fundou o popular jornal Correio do Interior em 2016. Em 2020 tornou-se correspondente do Metrópoles no interior de São Paulo. Ainda em 2020 foi convidado pelo Google Brasil a participar do Google News Initiative (GNI) para aprimorar-se em boas práticas do jornalismo digital. Como jornalista é especialista em assuntos de vagas de trabalho, noticias locais e conteúdos de editoria regional e policial.