O governo do Estado de São Paulo decretou estado de emergência para a dengue na manhã desta terça-feira (5), após o registro de 31 mortes causadas pelo agravamento da doença. A decisão foi tomada pelo COE (Centro de Operações de Emergências), grupo da Secretaria Estadual da Saúde, e oficializada em uma entrevista coletiva pela manhã. A medida foi necessária devido ao aumento alarmante de casos, com São Paulo atingindo 300 casos confirmados da doença para cada grupo de 100 mil habitantes nos últimos dias.
Até o momento, o Estado de SP já contabiliza 31 mortes causadas pela dengue, segundo dados divulgados pelo painel de controle da doença da SES (Secretaria Estadual de Saúde). As mortes confirmadas foram registradas em 21 municípios entre 1º de janeiro e 4 de março, incluindo Campinas e Limeira. Outros 122 óbitos ainda estão em investigação e, no momento, foram contabilizados 138.259 casos da doença, dos quais 169 são considerados graves.
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Estado de emergência
O decreto de estado de emergência permitirá que o Estado e os municípios implementem ações com maior agilidade e recebam recursos adicionais do governo federal. Cada município, conforme seu cenário epidemiológico, poderá utilizar a medida estadual para decretar emergência em âmbito local, o que agilizará a licitação para a compra de insumos e outras necessidades.
A situação em Campinas é especialmente preocupante, com a projeção da Secretaria de Saúde indicando um pico da dengue em abril, podendo chegar a 100 mil infectados. Isso representaria a pior epidemia de dengue da história da cidade. Moradores estão alarmados com construções e obras abandonadas, que podem se tornar criadouros do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti.
Entre os possíveis criadouros em Campinas, destaca-se o prédio do antigo curtume Cantúsio na Vila Industrial, que está abandonado há anos. O local, sem forro e telhado, acumula água da chuva em latões e pneus, criando um ambiente propício para a proliferação do mosquito da dengue e assustando a vizinhança do local.
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