Jovem de Mairinque perde pênis e sofre sequelas pulmonares após uso de cigarro eletrônico

Um jovem de 16 anos, morador de Mairinque hospitalizado em uma unidade hospitalar particular em Campinas, interior de São Paulo, perdeu o pênis e sofreu sequelas pulmonares após um longo período de uso de cigarro eletrônico.

A informação já era de conhecimento do Jornal Correio do Interior desde a dia 28 de novembro, e conseguiu contato com a mãe do jovem nesta sexta-feira (10/01), que pediu para presentar a imagem do filho, mas destacar a informação para alertar outros jovens sobre os risco do uso de cigarros eletrônicos.

O jovem, que mora no Jardim Cruzeiro, usava o cigarro eletrônico de diferentes sabores e aroma de frequentemente, segundo relatou a mãe dele brevemente ao Jornal Correio do Interior, quando passou apresentar problemas diversos de saúde. A mãe do menino não soube dizer com precisão ha quanto tempo o filho usava o cigarro eletrônico, e limitou a dar mais detalhes sobre, pois relatou estar abalada e assustada com a situação.

”Meu filho não vai poder me dar um neto, e vai ter um problema diversos devido a um cigarro que para muitos é divertido sentir um cheirinho agradável e sabor, agora ele está enfrentando a consequência de ter usado um veneno moderno, pois sempre alertei”, disse a mãe do jovem que é filho único da gestora de comércio exterior.

Estudos da OMS indica que o uso de cigarro eletrônico pode causar diversos problemas, desde a disfunção erétil, até situações maiores como:

Problemas Respiratórios

Bronquite crônica e irritação pulmonar: O vapor contém substâncias químicas irritantes, como propilenoglicol e glicerol, que podem inflamar as vias aéreas.
EVALI (Lesão Pulmonar Associada ao Uso de Cigarro Eletrônico): Condição grave que causa inflamação severa nos pulmões, levando a dificuldades respiratórias, tosse e dor no peito.
Asma: Pode agravar sintomas em quem já sofre da doença.

2. Danos ao Sistema Cardiovascular

Aumento da pressão arterial e frequência cardíaca: Causado pela nicotina presente no líquido dos dispositivos.
Maior risco de doenças cardíacas: Substâncias químicas podem danificar os vasos sanguíneos e aumentar a probabilidade de ataques cardíacos e derrames.

3. Dependência de Nicotina

Vício: Muitos líquidos para cigarros eletrônicos contêm altas concentrações de nicotina, levando à dependência química.
Porta de entrada para o cigarro convencional: Estudos mostram que jovens que usam cigarros eletrônicos têm maior probabilidade de começar a fumar cigarros tradicionais.

4. Problemas Neurológicos

Alterações no desenvolvimento cerebral: Em adolescentes, a exposição à nicotina pode afetar áreas do cérebro responsáveis por memória, aprendizado e controle de impulsos.
Ansiedade e irritabilidade: Sintomas associados ao uso contínuo de nicotina.

5. Exposição a Substâncias Químicas Tóxicas

Metais Pesados: Como chumbo, níquel e cádmio, que podem ser liberados pelo aquecimento do dispositivo.
Compostos orgânicos voláteis: Incluem substâncias cancerígenas, como formaldeído e acroleína.
Diacetil: Utilizado em líquidos com sabor, está associado à “doença do pulmão em pipoca”, uma condição que causa danos irreversíveis aos pulmões.

6. Problemas Bucais

Irritação e inflamação nas gengivas: Aumenta o risco de doenças periodontais.
Danos ao esmalte dentário: O vapor pode afetar a resistência dos dentes, levando a cáries e erosão.

Apesar de serem menos prejudiciais do que o cigarro convencional em alguns aspectos, os cigarros eletrônicos ainda apresentam riscos significativos à saúde. Para quem busca parar de fumar, existem alternativas mais seguras, como terapias de reposição de nicotina ou acompanhamento médico.

Se você está considerando o uso ou já utiliza cigarros eletrônicos, vale a pena buscar orientação médica para entender melhor os riscos e encontrar formas de minimizar danos.