Jovem morre após tentar atendimento por 3 dias no Pronto Atendimento de Mairinque

Jovem Morre Após Buscar Atendimento Por 3 Dias No Pronto Atendimento De Mairinque

Após passar mal na última semana, Luana Aparecida Ferreira Viana dos Santos, de 28 anos, procurou por três dias consecutivos ajuda no Pronto Atendimento de Mairinque, mas segundo os familiares, os médicos durante a consulta sequer pediram a realização de amplos exames para a conclusão de um diagnóstico. Muito mal, com falta de ar e cansaço, a moça decidiu procurar outra unidade de saúde, dessa vez na cidade de Alumínio, onde deu entrada nesta segunda, volta das 9h30.

Ao chegar no atendimento, Luana foi examinada pelos médicos de plantão, que ao verificarem que sua saturação estava muito baixa, imediatamente promoveram a intubação, a fim de preservá-la viva enquanto exames eram providenciados. Infelizmente, sua situação se agravou e evoluiu a óbito por volta das 11 horas desta segunda-feira (17/03).

Os familiares inconformados com a falta de atenção nos atendimentos médicos em Mairinque, relataram que o único exame solicitado foi um Raio-X, que nenhum outro procedimento foi providenciado pela equipe. A família reconheceu a prontidão da equipe médica de Alumínio, mesmo nesse momento de luto.

O Pronto Atendimento de Mairinque é administrado pela organização “Santa Casa de São Bernardo do Campos”, contratada na gestão anterior. Segundo relatos de cidadãos que procuram o Correio do Interior, o atendimento tem ficado cada vez mais demorado e ineficiente, e os médicos sequer examinam detalhadamente os pacientes durante atendimento. Já funcionários, que não identificaremos, denunciam que desde a mudança de prefeito, vários profissionais foram substituídos, alguns muito experientes, o que tem impactado na qualidade dos serviços.

”As vezes recebemos ordens até do funcionário responsável pela manutenção do prédio, que não entende nada de medicina, só porque diz que é amigo do prefeito”.

A família espera que a Prefeitura de Mairinque tome providências, a fim de melhorar os protocolos médicos no Pronto Atendimento, bem como uma sindicância seja aberta para apurar a falta de atenção no caso de Luana, para outros cidadãos não percam suas vidas por causa de falhas do serviço de saúde.