Mãe que teve filha raptada há 8 dias pelo pai em São Roque é obrigada ir até Bertioga sem ajuda da Polícia

Mãe Que Teve Filha Raptada Pelo Pai Em São Roque É Obrigada Ir Até Bertioga Sem Ajuda Da Polícia

Em São Roque, a menina Maria Roberta da Silva Nunes foi raptada pelo pai no dia 23 de dezembro, deixando sua mãe, Pamela Silva, em desespero há mais de 8 dias, sem qualquer notícia sobre o paradeiro ou o estado da filha.

A situação foi relatada ao Jornal Correio do Interior por Pamela Silva, de 31 anos, moradora do bairro Mailasque. Na terça-feira (02/01), ela foi até à delegacia de São Roque para registrar o ocorrido, mas foi informada pelos agentes da Polícia Civil que seria necessário aguardar ou procurar a delegacia da região onde o rapto ocorreu. Desde então, Pamela enfrenta dias de angústia, aguardando pelo retorno da filha.

Sem o suporte inicial da Polícia Civil de São Roque, que poderia ter facilitado contato com a delegacia de Bertioga ou com a Guarda Civil Municipal (GCM) daquela localidade, Pamela decidiu ir até o litoral paulista para tratar diretamente do caso com as autoridades de Bertioga.

Antes de menina ser raptada, mãe era amacacada e vigiada com a filha em São Roque

De acordo com Pamela, ameaças constantes foram feitas pelo pai biológico da menina, Roberto Nunes. Ela revelou que temia permitir o convívio entre ele e a filha devido à possibilidade de que ele pudesse levá-la e não devolvê-la, situação que agora se concretizou. Roberto, que está com a menina sem portar os documentos dela, é acusado pela mãe de cometer o rapto.

Pamela destaca que, desde o desaparecimento, vive sob intensa pressão emocional, esperando que sua filha seja encontrada e devolvida em segurança.

O que é o crime de rapto?

O crime de rapto é caracterizado como a subtração ou retenção de uma pessoa contra a sua vontade, muitas vezes com o uso de força, ameaça ou fraude. Ele é definido pelo Código Penal Brasileiro, sendo classificado como uma grave violação dos direitos fundamentais, especialmente no que diz respeito à liberdade individual.

Em situações de rapto, as vítimas são geralmente levadas para locais desconhecidos ou mantidas sob condições de restrição, impedindo-as de exercer livremente suas escolhas. Este crime pode ser praticado por motivos diversos, como questões familiares, extorsão, vingança ou mesmo intenções criminosas de exploração.

No Brasil, o rapto é enquadrado em diferentes categorias no âmbito jurídico, podendo envolver menores de idade, adultos ou casos específicos de rapto consensual, quando há consentimento inicial, mas posterior coação ou retenção. Em casos envolvendo crianças, o ato é frequentemente vinculado a disputas de guarda ou situações de violência familiar.

A punição pelo crime de rapto é aplicada com base nas circunstâncias do caso, levando em consideração fatores como a idade da vítima, o uso de violência, o tempo de privação de liberdade e os danos causados. As penas são determinadas para garantir a proteção das vítimas e prevenir a recorrência de tais atos.

A prevenção do rapto é tratada como prioridade pelas autoridades, sendo promovidas campanhas de conscientização e medidas de proteção para grupos vulneráveis. Além disso, denúncias de casos suspeitos são estimuladas, permitindo que as investigações sejam iniciadas com agilidade e eficiência.