Mães registram boletim contra funcionária de creche em Mairinque, acusada de racismo e maus-tratos

Mãe Registram Boletim Contra Funcionária De Creche Em Mairinque, Acusada De Racismo E Maus-Tratos
Foto: Igor Juan

Um grupo de mães se uniu e juntas registraram um boletim de ocorrência na delegacia de Mairinque, no qual relatam terem conhecimento a poucos dias de que uma funcionária da creche em que seus filhos estudam, (Crehe Maria Haak Pereira) estaria cometendo crime de maus-tratos e racismo ao realizar cuidados de crianças

O caso já era de conhecimento do Jornal Correio do Interior após uma fonte revelar que um funcionário teria vídeos que comprovam os fatos, mas essa funcionaria, procurada pelo Jornal Correio do Interior, disse que não poderia divulgar os vídeos. Os casos estavam ocorrendo há 7 meses, segundo relato da mãe das crianças, mas só agora eles tiveram conhecimento do caso. A supervisora da creche e a Secretaria de Educação foram alertadas sobre o ocorrido já em setembro de 2024, segundo informações da denúncia. No entanto, apesar de a gestão anterior (Gestão do setor geral de educação) ter prometido tomar providências, nenhuma ação concreta foi realizada até o momento.

Conforme apurado, as funcionárias envolvidas nas acusações já foram afastadas e o caso foi deve ser encaminhado ao Ministério Público. Apenas a Polícia Civil e as mães das crianças puderam ver os vídeos apresentados na delegacia de Mairinque na tarde desta quarta-feira (23/01).

O que diz a diretora da creche em Mairinque?

Em meio à repercussão do caso, Rosana Moreira da Conceição, que foi diretora da creche localizada no conjunto habitacional CDHU por 12 anos, divulgou uma nota oficial para esclarecer sua posição e trajetória profissional.

Rosana afirmou que, durante seu período de gestão, sempre atuou com dedicação, profissionalismo e zelo pelo bem-estar das crianças. Ela destacou que nunca houve, sob sua liderança, qualquer registro de incidentes semelhantes aos denunciados recentemente. Segundo Rosana, os supostos maus-tratos ocorreram no período em que estava afastada do cargo por razões de saúde, ocasião em que outra funcionária assumiu a direção da unidade.

Diante da gravidade da situação, a Secretaria de Educação e o departamento jurídico do município pediram que Rosana reassumisse o cargo de diretora, o que ela aceitou prontamente, priorizando a segurança das crianças, mesmo em detrimento de sua saúde. Em sua nota, a ex-diretora lamentou profundamente os episódios e afirmou que tentou prestar assistência aos pais, apesar da falta de suporte por parte da prefeitura.

Rosana lamenta afastamento e reafirma compromisso

Rosana também declarou que não teve envolvimento direto com as denúncias e criticou a decisão da Secretaria de Educação de afastá-la do cargo após a repercussão do caso. “Nunca houve, em 12 anos de trabalho, qualquer denúncia dessa gravidade durante minha gestão. Lamento que tais fatos tenham ocorrido justamente no período de minha ausência”, disse.

Ela agradeceu o apoio recebido dos pais e reafirmou seu compromisso com o bem-estar das crianças. Apesar de sua saída, Rosana destacou que permanece à disposição para prestar esclarecimentos às famílias e às autoridades.

O caso segue sob investigação e aguarda os próximos desdobramentos com a análise das provas apresentadas.