Poucas pessoas sabem, bem como poucas viveram na época, em que ir à praia, para quem morava em Sorocaba, Mairinque e até mesmo São Roque, era muito fácil e melhor de tudo barato!
Na década de 90, ir para famosa pria de Mongaguá no litoral paulista era fácil, bastava embarcar em um trem que partia de Sorocaba, passava por Mairinque e São Roque e assim seguia para praia, e o valor do bilhete de embarque era de apenas R$ 23, ida e volta Era uma festa e tanto para quem fazia o percurso de 190 quilômetros (10 horas de viagem) pela antiga Estrada de Ferro Sorocabana, construída na década de 30 e incorporada pela Fepasa (Ferrovias Paulistas S/A) em 1971. Outro detalhe é que no percurso havia 32 túneis.
Atualmente, uma viagem de Mairinque para Mongaguá, por meio de rodovia, leva duas horas, em um trajeto de 160 quilômetros, passando pelo Rodoanel Mário Covas. Outro detalhe é que naquele período, a mesma viagem, feita de ônibus, custa R$ 20,80 reais, e demora em média três horas e 40 minutos.
Brevemente ao que apurado pelo Jornal Correio do Interior em acervos da FEPASA, bem como com o jornalista Valmir Denardin, as viagens até a praia aconteciam apenas uma vez por mês. As viagens tiveram início em 15 de janeiro de 1995. Durante a viagem o trem passava por 32 túneis.
Brevemente, em um trecho do percurso, os passageiros ficavam encantados com magnífica imagem, uma cascata chamada Véu de Noiva, com 60 metros de altura, emoldurada por rochedos, a poucos metros da ferrovia. Ela existe até os dias atuais.
Para ir até a praia os passageiros da época tinham que embarcar nos vagões às 5h, inicialmente com partida de Sorocaba e chegava a Mongaguá por volta de 11h, em uma velocidade média de 60 km/h. Todavia, ao chegar na praia, os passageiros se divertiam na praia e visitaram pontos turísticos, amigos e familiares.
Em suma, às 16h30, o trem retornava para Mairinque e Sorocaba.
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Diversão e gastronomia durante a viagem
Durante toda a viagem, a FEPASA colocava quatro palhaços distribuindo brindes para os adultos e doces para as crianças.
Além disso, um dos vagões da composição era um vagão-restaurante em que era servido refeições, lanches e bebidas, cobrados à parte.
Em suma, o trem tinha capacidade para 320 pessoas e estava sempre lotado. Uma breve comparação é que esse número era maior do que a capacidade de passageiros do Airbus A320, que carrega até 220 tripulantes.
Por fim, as viagens foram encerradas assim que a FEPASA chegou ao fim em maio de 1998, quando foi extinta e incorporada à Rede Ferroviária Federal.
Estação de Mairinque também era uma grande atração
Vale destacar que nesta viagem, quem vinha de Sorocaba e demais cidades ficava encantado com a Estação de trem de Mairinque. Sobretudo a estação representa uma representação histórica de grande valor para a cidade e ao Estado de São Paulo.
Enfim, A Estação de trem de Mairinque foi a primeira obra de concreto armado do Brasil, construída em 1897 e tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional.
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Jornalista com mais de 9 anos de experiência, estudou na faculdade ESACM, e trabalho no Jornal impressos O Democrata, com circulação na região de São Roque, interior de São Paulo, bem como trabalhou na televisão na REDETV em Osasco, sendo produtor do RedeTV News, trabalhou por um período no São Roque Notícias em 2011, e fundou o popular jornal Correio do Interior em 2016. Em 2020 tornou-se correspondente do Metrópoles no interior de São Paulo. Ainda em 2020 foi convidado pelo Google Brasil a participar do Google News Initiative (GNI) para aprimorar-se em boas práticas do jornalismo digital. Como jornalista é especialista em assuntos de vagas de trabalho, noticias locais e conteúdos de editoria regional e policial.