O Brasil continua liderando o número de casos de dengue no mundo. Segundo o Ministério da Saúde, somente em 2024, foram registrados mais de 6 milhões de casos prováveis da doença e quase 6 mil óbitos no país. O órgão ainda prevê que, neste ano, tenha um aumento na incidência de casos em seis estados brasileiros que já estão sendo monitorados: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Paraná.
Diante desse cenário, o Pequeno Príncipe, que é o maior e mais completo hospital pediátrico do país, chama atenção para a dengue em crianças, principalmente abaixo dos 2 anos, devido ao risco de agravamento súbito dos sintomas se a doença não for identificada precocemente, devido à baixa imunidade. “Em pacientes de pouca idade, a febre alta gerada pela dengue pode ocasionar aumento da frequência respiratória e cardíaca, sudorese mais intensa, além de acarretar quadros de desidratação”, explica o infectologista Victor Horácio de Souza, da instituição.
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Sinais da dengue em crianças
A dengue em crianças possui um agravamento súbito de sintomas, que podem levar a sequelas graves ou a óbito, caso não seja tratada adequadamente. O sangramento (na gengiva, na pele, na evacuação ou no vômito) indica a dengue hemorrágica, que exige um atendimento médico emergencial. Veja os principais sinais da doença em crianças:
- febre alta [39°C a 40°C];
- dores musculares e nas articulações;
- lesões de pele;
- fraqueza em geral; e
- sonolência, choro e irritação excessivos.
Como os sinais podem confundir-se com as viroses, que são muito comuns na infância e que também registra aumento de casos nesta época do ano, o diagnóstico médico por meio de análise clínica, epidemiológica e de exames laboratoriais é essencial.
Tratamento da dengue
O acompanhamento com um pediatra durante e após a detecção da doença é fundamental para evitar manifestações mais graves e até atípicas que cada criança pode apresentar. Nos casos mais leves, o tratamento é feito com repouso, hidratação e controle dos sinais clínicos. Já em situações mais graves, pode ser necessário o internamento para hidratação intravenosa e até mesmo suporte intensivo.
Vacina da dengue para crianças
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda a vacina QDENGA® contra a dengue preferencialmente para imunizar crianças e adolescentes. Aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o imunizante é aplicado em duas doses, com intervalo de três meses, e destinado a indivíduos de 4 a 59 anos de idade.
Via Sistema Único de Saúde (SUS), a vacinação contra a dengue está disponível para a faixa etária de 10 a 14 anos, que concentra a maioria dos casos com hospitalização. Além disso, regiões com municípios de grande porte e com alta transmissão de casos da doença também tem prioridade para receber doses.
O Centro de Vacinas Pequeno Príncipe oferece o imunizante para todas as faixas etárias recomendadas. Para mais informações, basta entrar em contato via WhatsApp: (41) 99972-3909.
Como se proteger do mosquito
A crise climática é apontada como uma das causas do aumento da dengue. Isso porque o mosquito transmissor (Aedes aegypti) se reproduz em regiões quentes e com água parada. Por isso, o especialista reforça que o principal cuidado é com a higienização dos ambientes. Confira os cuidados:
- não deixe água parada e acumulada;
- mantenha as lixeiras fechadas e protegidas da chuva;
- mantenha os vasos de plantas limpos e utilizar areia até a borda;
- guarde baldes, garrafas e outros recipientes com a boca para baixo;
- cubra os reservatórios de água; e
- retire a água dos pneus e reservá-los em ambientes protegidos.
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Jornalista com mais de 9 anos de experiência, estudou na faculdade ESACM, e trabalho no Jornal impressos O Democrata, com circulação na região de São Roque, interior de São Paulo, bem como trabalhou na televisão na REDETV em Osasco, sendo produtor do RedeTV News, trabalhou por um período no São Roque Notícias em 2011, e fundou o popular jornal Correio do Interior em 2016. Em 2020 tornou-se correspondente do Metrópoles no interior de São Paulo. Ainda em 2020 foi convidado pelo Google Brasil a participar do Google News Initiative (GNI) para aprimorar-se em boas práticas do jornalismo digital. Como jornalista é especialista em assuntos de vagas de trabalho, noticias locais e conteúdos de editoria regional e policial.